Nos primeiros dias deste novo ano fui contactada por alguém que decidiu combater a preguiça (expressão sua) e abraçar a leitura em 2023. A pessoa em causa pediu-me sugestões de livros e eu lembrei-me de imediato das duas listas que aqui partilhei em tempos — “50 Pequenos Bons Livros” e “12 Pequenos Bons Livros” — e que acumulam mais de 100 mil visualizações.
Foi então que me apercebi não só do muito que li desde que elaborei aquelas listas (são mais 230 livros acumulados no meu currículo de leitora), mas também das muitas sugestões que posso continuar a fazer, com conhecimento de causa, no tocante a pequenos livros que li na integra.
Os livros não devem ser avaliados pelo seu número de páginas, sobretudo quanto ao seu suposto grau de facilidade ou dificuldade de leitura. Porém, admito que quando se trata de adquirir um novo hábito e combater a tal preguiça, um volume mais pequeno pode sugerir, à partida, um objectivo mais fácil de atingir. E a satisfação de um objectivo atingido dá ânimo para persistir no novo hábito. Assim elaborei três listas de pequenos bons livros que partilharei aqui e nas redes sociais d’ A Biblioterapeuta nas próximas semanas.
A lista de hoje é dedicada a títulos que têm até 100 páginas e inclui livros de ficção, poesia, filosofia, biografia, entre outros. Nem todos estão disponíveis nas livrarias portuguesas, mas não se esqueçam de consultar os tesouros que são os catálogos das nossas Bibliotecas Públicas.
Vamos à lista?
Ficção













- A Flor e o Peixe, de Afonso Cruz (96 pág.)
- A Morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstoi (96 pág.)
- A Vida de um Homem que Perseguia Poemas, Joana M. Lopes (100 pág.)
- Capitão Rosalie, de Timothée de Fombelle (72 pág.)
- Catarina ou o sabor da maçã, de António Alçada Baptista(88 pág.)
- Comer e Beber, Filipe Melo e Juan Cavia (80 pág.)
- O Acontecimento, de Annie Ernaux (96 pág.)
- O Cavaleiro da Dinamarca (54 pág.)
- O Filho de Noé, de Eric-Emmanuel Schmitt (72 pág.)
- O Homem Que Plantava Árvores, de Jean Giono (72 pág.)
- O Senhor Ibrahim e as Flores do Alcorão, de Eric-Emmanuel Schmitt (72 pág.)
- Serei Sempre o Teu Abrigo, de Valter Hugo Mãe (48 pág.)
- Uma Paixão Simples, de Annie Ernaux (64 pág.)
Não Ficção











- A Árvore da vida, de Pedro Strecht (84 pág.)
- A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han(64 pág.)
- Felicidade, de Mary Oliver (93 pág.)
- Hojoki, de Kamo no Chomei (96 pág.)
- Manifesto Pela Leitura (64 pág.)
- Montaigne, de Stefan Zweig (96 pág.)
- Nómada, de João Luís Barreto Guimarães (90 pág.)
- O Direito à Preguiça, de Paul Lafargue (80 pág.)
- O Racismo Explicado aos Jovens, de Tahar Ben Jelloun (64 pág.)
- Sob a Forma do Silêncio, de Emanuel Madalena (96 pág.)
- Três Vezes Irão (88 pág.)
Com estas sugestões podem alcançar o objectivo de ler pelo menos dois livros por mês. O novo ano ainda agora começou, por isso vão mais do que a tempo de escolher dois livros da lista e concretizar já o objectivo de Janeiro.
Não sabem por onde começar? Peguem n’ “A Morte de Ivan Ilitch“, n’ “Uma Paixão Simples“, em “Montaigne” ou em “Capitão Rosalie” que vão muito, muito bem servidos.
Nas redes sociais d’ A Biblioterapeuta — Facebook e Instagram —encontram considerações biblioterapêuticas sobre alguns destes títulos.
Boas leituras!