2019 marca um momento importante na minha vida de leitora: pela primeira vez quebrei a média das três dezenas de livros lidos por ano e cheguei aos cinquenta livros, um número redondo de que me orgulho (e que não contempla os três guias da Lonely Planet que esmiucei na preparação das minhas viagens: Irão, Irlanda, Israel e Palestina).
Orgulho-me por várias razões: primeiro, porque ler mais era um objectivo para 2019, que foi largamente concretizado; depois, porque fui capaz de ampliar de forma considerável os temas das minhas leituras (das ciências exactas à poesia, da ficção às memórias; das biografias à filosofia; do infantojuvenil à psicologia); por último, porque sinto que aprimorei a capacidade de escolher os livros certos, transformando-os em textos pertinentes, com mensagens significativas para o momento que vivo e que vão ao encontro das minhas necessidades, sejam elas conscientes ou não.
Sinto que dei um passo em frente no domínio da sincronia (da serendipidade!) entre os livros e a leitora que sou, mesmo quando enveredo por temas que receio não dominar — como é o caso do livro do astrofísico Hubert Reeves, “O Banco do Tempo Que Passa“, ou o livro do economista Serge Latouche, “Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno” —, por biografias de personagens que estão no centro de dogmas religiosos que nada me dizem — “Jesus“, de Rodrigo Alvarez — ou quando os livros me são emprestados sem que eu o tivesse solicitado — “Lessons on Stoicism” e “Terre des Hommes“.
Foi, ainda, um ano marcado pela boa literatura infantojuvenil, aquela que por ser tão boa nunca se limitará aos mais novos, podendo ser lida com benefícios evidentes para gente de todas as idades. Nos livros de ficção que elegi como os cinco melhores, três encaixam nesta categoria: “Vamos Comprar um Poeta“, “Paz Traz Paz” e “A parte que falta” (a minha edição é a brasileira, mas entretanto este livro foi publicado em Portugal também).
Uma última nota para os livros que ocupam o 1.º lugar nos meus tops de ficção e não-ficção, “O Riso de Deus” e “A Lebre dos Olhos de Âmbar“: entraram para a categoria “dos melhores livros que alguma vez li”.
Deixo-vos, então, com a lista completa da minhas leituras em 2019, na esperança de inspirar as vossas leituras em 2020. E, claro, fico a aguardar os vossos comentários.
Bom ano! Boas leituras!
FICÇÃO

NÃO FICÇÃO
