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BIBLIOTERAPIA | Diz-me o que ouves*

Defendo que não existe biblioterapia sem diálogo — entre o leitor e a história que lê, ouve narrada ou vê dramatizada; do leitor consigo mesmo, num exercício de introspecção suscitado pela história; e entre o biblioterapeuta e todos os participantes no processo biblioterapêutico, para reflectir em conjunto sobre a história com a qual interagiram.

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O que aconteceu em Janeiro

Não gosto do Inverno e sei que o mês de Janeiro apanha por tabela. Suporto Dezembro por causa do Natal e da passagem de ano, embora a minha tolerância aos exageros do espírito festivo — demasiadas solicitações, demasiadas compras (muitas desnecessárias), demasiado ruído real e metafórico, uma certa obrigação de estar-se alegre — tenha vindo a diminuir. Mas adoro a noite da consoada e o dia de Natal com a família. Por isso, vivo o último mês do ano com o foco nesses momentos. A passagem de ano é sempre uma ocasião para balanços, introspecções e algumas promessas realistas feitas a mim mesma, um ritual esperançoso a que me tenho afeiçoado. Depois, chega Janeiro, árido, sombrio, frio e chato, associado, na minha psique, ao esforço do recomeço — vamos lá, empurrar esta pedra, de novo, um mês de cada vez, até ao topo da montanha!

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Tempo de balanços

A título profissional, 2024 foi um ano admirável, marcado pelo lançamento do meu livro “Ler Para Viver – Como a biblioterapia pode melhorar as nossas vidas”, o primeiro livro português sobre biblioterapia. Volto a agradecer (agradecerei sempre!) à Penguin Random House Portugal, à chancela Nascente e ao meu editor Jorge Silva por terem acreditado em mim e neste livro; e à autora Isabela Figueiredo por ter aceitado prefaciá-lo. Percorri Portugal continental entre Abril e Dezembro para apresentar o livro trinta e uma vezes. Em todas essas ocasiões, tanto os profissionais da Penguin como Isabela Figueiredo foram mencionados e alvo da minha profunda gratidão.

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BIBLIOTERAPIA | Dar o corpo aos pecados

Lembro-me daqueles anos, quando adolescente ou jovem adulta, em que acreditava que a vida podia ser bastante simples se nós, os humanos, não tivéssemos esta apetência estúpida para complicar tudo. Era uma ignorante que vivia no mundo do preto e do branco, alheia às infinitas hipóteses dos cinzentos.[1] Se a natureza é altamente complexa, como poderia o Homem ser simplório ou linear? O facto é que sobre este acumulado de complexidades construímos, a partir de cada indivíduo, realidades coletivas sofisticadas e intrincadas que espelham tudo o que encerramos — das facetas mais elevadas, luminosas e altruístas aos ângulos mais egocêntricos, sombrios e abjectos.

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Biblioterapia e Cronoterapia

Suponho que, tal como eu, a maior parte de vós tenha uma relação complexa com o tempo, este conceito ainda não absolutamente definido pela ciência, mas imiscuído na vida de todos os humanos de forma fatal, conscientes que somos da nossa finitude. É esta noção, sempre em pano de fundo, de dias contados, que volta e meia emerge por entre a névoa das rotinas e suscita a pergunta universal e intemporal: o que ando eu a fazer com o meu tempo de vida? 

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O convite a todos mantém-se!

Tem sido uma enorme alegria ver o meu livro chegar às mãos dos leitores e receber as primeiras mensagens sobre essa experiência de leitura. Também tem sido muito gratificante testemunhar o interesse dos média pelo livro, pela biblioterapia e pelo meu trabalho nesta área, razão pela qual tenho estado em destaque nalguns órgãos de comunicação social.

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