O que aprendi
Aprendi que há muito de árvore em nós, os seres humanos. Não só porque, tal como a ciência evidencia, animais e plantas partilham 70% do ADN, mas também porque, guiada pelas palavras de Pedro Strecht, passei a ver o meu corpo e a minha psique espelhados nestes seres imponentes e maravilhosos. Por exemplo, ambos crescemos de forma vertical e ambos precisamos de raízes (referências) e de um tronco (como, por exemplo, valores orientadores). O estado gravíssimo de degradação a que chegou a nossa floresta é um reflexo dos maus tratos infligidos à árvore que existe em cada um de nós, que andamos desenraizados, solitários, distraídos com o supérfluo e o superficial e que descuidamos a limpeza dos nossos jardins interiores (a nossa sanidade mental).
O que transpus para a minha vida
Há muitos anos que invisto na minha relação com a natureza e que alimento uma grande paixão e enorme respeito pelas árvores. Há muito que é para mim evidente que o tempo que invisto a jardinar ou a interagir com árvores (ou outras plantas) — observá-las, tocá-las, cheirá-las, abraçá-las e, até, a falar com elas — é tempo investido no meu bem-estar, na minha saúde física, mental e social. A leitura d’ “A Árvore da Vida” veio reforçar esta minha convicção, permitindo-me subir uns degraus consideráveis na consciência da relação umbilical e essencial entre Homo Sapiens e mundo vegetal. Porque sei que esta é uma relação ameaçada passei a defendê-la e a advogar em seu favor abertamente e com redobrada convicção. Para bem de todos.
A quem recomendo
Recomendo-o a pais, educadores e professores. Neste breve ensaio de Pedro Strecht encontram os argumentos que vos levarão a estimular o amor das crianças e dos jovens pelas árvores e pela natureza em geral, que vos levarão a trabalhar uma vinculação afetiva que dará frutos muito para além da vida de quem eventualmente plantará ou cuidará carinhosamente da(s) árvore(s). Como quem cuida de um familiar, de um amigo, de um cão, de um gato ou de si próprio. E à medida que o faz cria uma teia de afetos — e de memórias desses afetos — semelhantes ao emaranhado de raízes no subsolo e de ramos e folhas que tentam alcançar o céu. É dessa solidez que resulta a retidão física e moral de cada indivíduo, logo o equilíbrio global de uma sociedade.
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