Filho da pandemia e do primeiro confinamento, o Clube de Leitura d’ a biblioterapeuta celebrou este ano, em Maio, o seu quarto aniversário. Desde então, um grupo de cerca de 20 pessoas reúne-se mensalmente online para partilhar as suas leituras.
Temos procurado promover pelo menos um encontro presencial por ano. Por duas vezes (2021 e 2022), encontrámo-nos em Tomar, no Insensato Café-Livraria. E por duas vezes, também, em Lisboa, em sessões abertas ao público, primeiro na Festa do Livro em Belém (2023) e depois na Feira do Livro de Lisboa (2024). Este ano, tivemos direito a dose dupla, porque nos reencontrámos pessoalmente em Ponte de Lima, na utópica Livrearia.
No Clube de Leitura d’ a biblioterapeuta, os participantes não lêem todos o mesmo livro — cada um lê o que lhe apetece e, nos encontros mensais, dispõe de uns minutos para falar de um livro que, por alguma razão (positiva ou nem por isso), decide explorar mais a fundo junto dos outros membros do grupo.
No último encontro deste ano decidimos apontar os melhores livros que lemos em 2024. Entre todos construímos um top com sessenta títulos. Neste conjunto, Claire Keegan é claramente a autora com mais subidas ao pódio, com todos os seus títulos disponíveis em português escolhidos por cinco leitores como os melhores. O romance “Velar por ela“, de Jean-Baptiste Andrea, está também em destaque, mencionado como um dos melhores por quatro leitores. “A crise da narração“, do filósofo Byung-Chul Han, foi escolhido três vezes para figurar em tops pessoais. Seguem-se “Advento“, de Gunnar Gunnarson, “Misericórdia“, de Lídia Jorge, “O caderno proibido“, de Alba de Céspedes e “Mundo sem fim“, o álbum de banda desenhada de Jancovici e Christophe Blain, cada um escolhido por dois membros do clube como um dos que mais gostaram de ler este ano.
Fica aqui uma bela lista de sugestões de leitura que todos os membros do clube partilham convosco com muita alegria:
FICÇÃO
“A família“, de Sara Mesa
“A leste do paraíso“, de John Steinbeck
“A mulher do meio“, de Ivone Mendes da Silva
“A trilogia de Copenhaga“, de Tove Ditlevsen
“A uma hora tão tardia“, de Claire Keegan
“As árvores“, de Percival Everett
“As intermitências da morte“, de José Saramago
“As minhas estúpidas intenções“, de Bernardo Zanon
“As primas“, de Aurora Venturini
“Acolher“, de Claire Keegan
“Advento“, de Gunnar Gunnarsson
“Caruncho“, de Layla Martínez
“Compêndio para desenterrar nuvens“, de Mia Couto
“Ernestina“, de José Rentes de Carvalho
“Escovar a gata“, de Jane Campbell
“Eu canto e a montanha dança“, de Irene Solà
“Limpa“, de Alia Trabucco Zerán
“Misericórdia“, de Lídia Jorge
“Mr. Vertigo“, de Paul Auster
“O caderno proibido“, de Alba de Céspedes
“O quarto de Giovanni“, de James Baldwin
“O retorno“, de Dulce Maria Cardoso
“O segredo dos seus olhos“, de Eduardo Sacheri
“Os detalhes“, de Ia Genberg
“Pequenas coisas como estas“, de Claire Keegan
“Raparigas mortas“, de Selva Almada
“Sessenta contos“, de Dino Buzzati
“Shuggie Bain“, de Douglas Stuart
“Stoner“, de Johns Williams
“Triste tigre“, de Neige Sinno
“Uma vida à sua frente“, de Romain Gary
“Velar por ela“, de Jean-Baptiste Andrea
NÃO FICÇÃO
“A arte perdida das escrituras“, de Karen Armstrong
“A crise da narração“, de Byung-Chul Han
“A minha vida em 23 posturas de yoga“, de Claire Dederer
“A última solidão“, de Carmen Garcia
“A vida humana“, de André Comte-Sponville
“Enquanto vamos sobrevivendo a esta doença fatal“, de Nelson Nunes
“Fortuna, caso, tempo e sorte“, de Isabel Rio Novo
“Humanidade“, de Rutger Bregman
“Ler imagens“, de Alberto Manguel
“Ler para viver“, de Sandra Barão Nobre
“Memórias de um ex-morfinómano“, de Reinaldo Ferreira
“Mulher, Vida, Liberdade“, de Marjane Satrapi
“Somos animais poéticos“, de Michèle Petit
“Teoria King Kong“, de Virginie Despentes
“Uma breve história da bebedeira“, de Mark Forsyth
“Versátil“, de David Epstein
BANDA DESENHADA / NOVELA GRÁFICA
“A espera“, de Keum Suk Gendry-Kim
“Drácula de Bram Stoker“, de George Bess
“Léa não se lembra como funciona o aspirador“, de Eric Corbeyran e Gwanjo
POESIA
“A axila de Egon Schiele“, de André Tecedeiro
“A última pedra“, de Jorge Gomes Miranda
“Atravessar o frio I“, de Luísa Freire
“Canção errónea“, de António Gamoneda
“Tal como és“, de Ryokan
“Uma só carne com a noite“, de Vascos Gato
INFANTOJUVENIL
“Além“, de Silvia Fernández, David Fernández e Mercè Lopéz
“Bárbaro“, de Renato Moriconi
“Cigarra“, de Shaun Tan





























































